Crítica | Pedro Coelho é o retorno á infância gostoso de se ter
Se existe algo que amo na Sony, é o departamento de animações!
N. do Autor: Eu poderia vir bancar o 'Crítico de nariz empinado' e apontar erros aqui e ali, escondido sob a palavra 'crítica', mas como minha percepção não se resume apenas a ver algo e resumir, trago neste artigo uma experiência contida, a qual imagino não ser o único que a teve. Vamos ao texto.
Foi por acaso que assisti á Pedro Coelho, nesse fim de semana. Era o tipo de filme que eu veria em DVD, ou baixaria o Torrent mais tarde; queria ver Jogador Nº 1, do Spielberg; para escrever a respectiva crítica depois. Não tinha ingresso no horário que eu podia ficar. Fiquei bravo. Fui e voltei ao cinema. Acabei pegando a sessão do longa da Sony, com o cenho franzido, mas fui.
O destino é meio doido, né?! Não boto lá muita fé nessa coisa de destino, mas foi a explicação mais plausível que achei. De verdade.
Ao entrar na sala, e iniciar a sessão, foi inacreditável a 'viagem' que fiz, tipo a que a Anciã guia o Doutor Estranho, sacam?! Pois é... E eu voltei lá pra infância, o ano era 2011, eu cursava a quinta série, período da tarde. Acordava cedo e fazia meus deveres; nesse intervalo de tempo, nem sequer sonhava em um dia escrever sobre cinema. Ok. Tinha um filme que assistia literalmente todos os dias antes de ir á escola; Os Smurfs, longa da Sony que até hoje é de longe o que mais assisti, desbancando Marvel e DC com sobras. O efeito inacreditável que esse filme me causava, ao me mostrar o simples valor de um sorriso, uma gargalhada... ah que viagem no tempo, que coisa efêmera eu sentia sempre que os créditos subiam. Era a minha infância feliz, assim como foi a de tantos que lerão esse texto. Foi ali, que decidi ter mais ligação com a telona, esse universo para o qual eu queria voltar imediatamente.
Agora o ano é 2018, muita coisa mudou, e eu sequer iria voltar a assistir uma produção assim, ao menos, não tão cedo, devido á correria e ao tempo contados para me dedicar ao site. Mas acabei indo, e quando a tela se iluminou, lá pelos 14 segundos, mais ou menos, (Visto que os primeiros 13 dão a impressão que o filme é um pé no saco) eu me via, aos poucos, de volta á minha sala, ao antigo sofá, esperando o relógio bater 12h45, mas dessa vez não havia escola, muito menos tarefa a fazer, eu estava livre, pra assistir e rir o quão alto quisesse, risos bobos, com piadas básicas, efeitos não tão complexos e o que mais venero nesse pessoal que quase afundou o Homem-Aranha: A mistura de live-action com computação gráfica. Como isso me abobou, não faço ideia; eles mandam bem nisso, e é feito pra gente, sem a pretensão de levar um Oscar ou dar continuidade a uma franquia. Magia Á La Disney.
Uma história simples, básica, até previsível, concordo; mas que me transportou de volta á uma época que ansiava visitar, me fez feliz sem eu nem buscar isso, só queria assistir pra não perder o dinheiro da pipoca e outras guloseimas que havia comprado. Que coisa!
Á todos da Sony Pictures Animation, mando um enorme abraço e meu 'Muito Obrigado' por ainda nos trazer obras como esta, num estágio onde o cinema se dedica cada vez mais aos milionários blockbusters, e acaba muitas vezes perdendo a essência do que o fez grande, a felicidade e prazer de uma boa história, que pode ser apresentada de diversas maneiras, não perdendo seu cerne.
Que nosso cinema seja mais assim, daqui pra frente.
Recomendo que assista ao filme, leve a família, vão se divertir, eu garanto.
Nota - 8/10 (Muito Bom)
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