Resenha | Humanizado, esperançoso e meio bobo, 'Superman' faz o retrato perfeito do herói!

O filme marca o pontapé do novo DCU nos cinemas, e não poderia ter início melhor

                   (Créditos:DC Studios/The Safran Company/Troll Court Entertainment)

A forma como Superman começa, nos dando uma breve introdução do cenário atual do universo onde a história se passa, fazendo a gente pegar o bonde já andando, me cativou logo de cara. Afinal, a sensação de abrir um gibi e ficar besta com cada quadro, cada cor, cada interação entre os personagens, fez o olho brilhar. E ver isso ganhar vida na tela pelas mãos do cineasta que mais entende desse universo heroico só aumentou a empolgação pelo que viria. E daquele momento em diante, a empolgação ficou um pouco de lado e deu lugar ao sentimento de chegar em casa depois da escola e assistir a algum episódio do desenho animado da Liga da Justiça dos anos 2000, uma das minhas bases de nerdice.

E foi assim até o final.

É realmente incrível como James Gunn entende que os personagens, por mais diferentes que possam ser (humanos, alienígenas, animais ou árvores falantes) têm alma. Cada um sempre tem sua essência. E com Superman, ele eleva isso a outro nível. Com coragem pra fazer diferente num aspecto que você vai entender conforme assiste ao filme, com delicadeza pra tratar de temas mais sensíveis sem soar superficial demais, e principalmente, trazendo esses personagens fantásticos pra nossa realidade sem negar em momento algum o encantamento, aquela sensação de absurdo, doido, mas que é justamente a alma dos gibis.

Esteticamente, o filme é excelente. CGI bem polido (o que mostra capricho e paciência com a galera dos VFX), uma fotografia tão bacana que é fácil só pausar algum frame e usar de wallpaper. E a trilha sonora? Putz... A coisa aqui tá muito linda. Se em outros de seus filmes, o Gunn praticamente dava pra gente uma playlist filé só com pedradas, aqui ele trabalha com menos de cinco músicas e o tema do personagem. E só. As músicas se encaixam muito bem e fazem sentido (como de costume) com a narrativa, e o tema (ah, o tema) é tocado nos momentos chave. Do jeitinho que sempre deveria ter sido feito.

O elenco tá numa sintonia absurda. Tem momentos do filme que parece que todo mundo só se juntou num fim de semana e brincaram de atuar, pra você ter uma ideia do quanto á vontade eles estão em cena.

Logicamente, pode não agradar 100% do pessoal, muito por conta do estilo de filme. Pois, ao fugir de uma fórmula batida de filme de heróis, e abraçar a alma dos gibis com todos os seus absurdos e fantasia, talvez cause alguma estranheza em parte do público.

Ainda assim, o longa dá o pontapé ideal pro novo DCU, fazendo do seu maior herói, o símbolo de esperança que ele nunca deveria ter deixado de ser.

O futuro desse universo tem tudo pra ser mágico.

E estaremos ansiosos por isso.

Enquanto olhamos pra cima com um sorriso.

NOTA: 10/10

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