Resenha sem spoilers | 'Venom' passa longe do selo Marvel Studios, mas tem gás para 'existir' sem o Homem-Aranha


Produção estrelada por Tom Hardy possui diversos defeitos, mas ainda assim, tem a cara da Marvel




Quando foi anunciado que veríamos um filme solo do Venom, vilão clássico do Homem-Aranha, logo imaginamos um acordo semelhante ao que ocorreu com o cabeça de teia, onde seus direitos permaneceram com a Sony, mas o Marvel Studios se encarregou de tratar todo o resto com o padrão de qualidade UCM (Universo Cinematográfico Marvel), o que aliviaria os fãs do aracnídeo, especialmente após o 'confuso' Espetacular Homem-Aranha 2.
Bom, não é exagero dizer que a cara feita por Kevin Feige quando Amy Pascal afirmou que o longa do simbionte faria parte do UCM já servira como presságio para o que viria.

Venom, protagonizado por Tom Hardy, que se esforça ao máximo tentando se esquivar de um roteiro 'maomeno' que não está realmente ligado com as produções da Disney. Ou seja, este é o primeiro passo da Sony na tentativa de produzir o seu próprio 'Universo Compartilhado'. Mas, o que se fazer com uma capengada de vilões que não possuem um mocinho, alguém ambíguo que mova a narrativa? Então, a resposta mais óbvia é tornar o personagem 'menos mau' e surfar na onda criada por Deadpool, apostando no anti-heroísmo para se garantir com piadas toscas e história pouco trabalhada, mas que ainda assim, pode funcionar.

O longa dirigido por Ruben Fleicher possui grande parte do que a Marvel trabalha em seus filmes, o que é um ponto positivo para o personagem, que não fica descaracterizado em sua ideia central, que é atrair o mesmo público que se diverte com o humor estilo 'Homem-Formiga' e não se apega tanto aos detalhes técnicos, que ficaram visivelmente em segundo plano. Soma-se a isso mais uma vez o fato da história ser muito mecânica e não fluir tecnicamente bem, o que justifica a crítica especializada cair em cima do filme e do estúdio, por apenas querer fazer dinheiro, embarcando no sucesso certeiro.

Entre nós, fãs, não há muito o que reclamar do filme em si. A história é conexa, os personagens são aceitáveis, o simbionte tem um visual maneiro, um vilão tolerável interpretado por Riz Ahmed (Carlton Drake/Riot), um interesse amoroso para o nosso protagonista, onde se destaca o esforço de Michelle Williams (Anne Weying) para entregar uma boa performance, apesar da história não ajudar tanto, e o mais bacana de se ver é a dinâmica entre Eddie e Venom, que garantem boas risadas, até dos mais assíduos críticos.

E como citei no início do texto, esse história toda pode muito bem vir a dar certo no futuro, coisa que vou explicar direitinho num artigo que deve sair no fim dessa semana, só falta finalizar.

NOTA - 8/10 - A ideia é boa, possui vários pontos positivos, mas peca em detalhes que resultam na avalanche de críticas. O que, claro, não estraga a diversão de quem já conhece ou não o personagem. Essa 'carreira solo' é muito mais de fã para fã do que para ser realmente coesa. Recomendo!

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