Resenha - Loki (primeira temporada) acerta em cheio ao aprofundar questões de identidade, narrativas e psicológicas enquanto mergulha no caos do Multiverso

Como produção vai além do convencional, mostra sua cara e, de quebra, ainda traz o multiverso ao UCM


                                                             (créditos: Disney, Marvel Studios)

A fase 4 da Marvel Studios começou realmente com tudo!
Após WandaVision e Falcão e O Soldado Invernal, Loki chegou já quebrando recordes (e linhas do tempo) garantindo sua segunda temporada e ainda a participação de seu protagonista num dos filmes mais aguardados do próximo ano: Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura.
Mas porquê citar um vindouro filme na resenha da série? Bom, a resposta é simples. O seriado do deus da trapaça 'apenas' foi o catalisador/causador do tão aguardado Multiverso no UCM (sigla para Universo Cinematográfico Marvel).

Mas, retornando ao ponto solo da resenha, escrita por Michael Waldron e dirigida por Kate Herron, a série consegue trabalhar as questões de identidade e psicológicas de maneira que nenhuma produção da Marvel se arriscou até algum recente tempo. O que, por si só, já merece diversos elogios.

Afinal, por quê essa série funcionou tanto? Então, né... trabalhar questões de gênero e psicologia não é coisa fácil, e muitas produções tentam isso, rotineiramente falham, e acaba ficando tudo muito superficial.
O trunfo de Loki, além de seu elenco epicamente carismático, é a sua sutileza em trabalhar tais questões. Sejam elas explicar sobre o gênero fluído do protagonista, o Mito de Narciso ou seu Glorioso Propósito.

A série, protagonizada por Tom Hiddleston (Loki), Sophia Di Martino (Sylvie), Owen Wilson (Mobius M. Mobius) e que possui um elenco de apoio altamente sincronizado, se destaca em relação a muitas produções da Marvel Studios justamente por isso. Não 'força' nada e mesmo assim, de forma lenta e violenta, vai te conquistando até que, quando menos percebe, você já nota traços da sua própria personalidade em algum personagem. Isso não tem preço!

Alguns leves momentos de monotonia não tiram de 'Loki' um lugar dentre as melhores produções da Marvel até agora.

NOTA: 10/10

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