Resenha | 'Madame Teia' desperdiça elenco e perde a chance de expandir um universo rico, enquanto mergulha numa trama tanto faz, tanto fez

Em outra aposta no universo de filmes do Homem-Aranha sem Homem-Aranha, a Sony entrega uma farofada que até faz rir um pouco, mas que podia ser muito mais

(Créditos: Sony Pictures)

Lançado como mais uma tentativa da Sony de emplacar seu universo paralelo ao do Homem-Aranha sem o próprio herói, 'Madame Teia' chega aos cinemas cercado de desconfiança — e, infelizmente, não faz muito para superá-la. O longa estrelado por Dakota Johnson tenta se firmar como uma mistura de origem mística com aventura adolescente, mas tropeça feio na execução.

A história gira em torno de Cassandra Webb, uma paramédica que adquire habilidades precognitivas após um acidente quase fatal. O potencial do enredo, que poderia explorar as possibilidades quase infinitas de manipulação do tempo e destino, se perde em um roteiro genérico, com diálogos expositivos e uma narrativa que parece escrita no piloto automático.

O elenco, que conta ainda com nomes como Sydney Sweeney, Isabela Merced e Celeste O’Connor, é desperdiçado em papéis subdesenvolvidos, que mais servem para montar peças de um quebra-cabeça que talvez nem vá ser completado. Dakota Johnson até tenta trazer alguma profundidade à protagonista, mas é sabotada por uma direção sem pulso e um ritmo arrastado.

Há momentos involuntariamente cômicos e algumas sequências de ação que divertem — ainda que mais pela estranheza do que pela empolgação. No entanto, fica claro que Madame Teia é mais um produto de um universo que parece não saber para onde vai, preso entre querer agradar fãs antigos e a necessidade de se justificar comercialmente.

No fim das contas, o filme é esquecível. Não chega a ser um desastre total, mas também não justifica sua existência além de ser mais um capítulo de um universo que insiste em crescer sem raízes sólidas.

NOTA: 5,5/10

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