Resenha | Numa era de prequels sofríveis, 'Wonka' é uma doce e agradável surpresa!

Novo filme estrelado por Timothée Chalamet nos mostra os primeiros passos do criador da Fantástica Fábrica de Chocolate

(Créditos: WarnerBros.)

Em um tempo em que Hollywood insiste em explorar o passado de personagens consagrados com resultados muitas vezes decepcionantes, 'Wonka' surge como uma exceção luminosa. Estrelado por Timothée Chalamet, o filme nos convida a conhecer os primeiros passos de Willy Wonka antes de se tornar o excêntrico dono da Fantástica Fábrica de Chocolate – e faz isso com charme, coração e uma direção segura.

Dirigido por Paul King (As Aventuras de Paddington), o longa aposta em uma estética vibrante, musicalidade cativante e uma narrativa leve, mas cheia de emoção. Chalamet entrega uma versão jovem e sonhadora do icônico chocolatier, equilibrando inocência e brilho nos olhos com doses sutis de excentricidade que prenunciam o personagem que conhecemos.

Wonka se destaca ao não depender inteiramente da nostalgia. Ainda que traga referências sutis à obra de Roald Dahl e aos filmes anteriores, ele se sustenta com identidade própria. O roteiro é inteligente ao construir um universo mágico, sem soar forçado ou artificial, e o elenco de apoio complementa com performances calorosas, especialmente Hugh Grant em uma participação inusitada e divertida.

A trilha sonora é outro ponto alto. Com músicas originais encantadoras, ela contribui para o tom lúdico do filme e reforça sua vocação como um musical familiar, acessível para todas as idades.

Se há pequenas falhas – como certa previsibilidade no enredo ou momentos que soam idealizados demais –, elas são facilmente compensadas pela sinceridade do filme em encantar e emocionar.

Em suma, Wonka é um respiro criativo em meio a uma indústria saturada por prequels sem alma. Uma produção que entende o espírito de seu protagonista e o apresenta com frescor, humor e ternura. Um verdadeiro deleite cinematográfico.

NOTA: 8,5/10



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