Resenha - '007: Sem Tempo para Morrer' é uma despedida emocionante para Daniel Craig e um fim de ciclo digno para o personagem
Apesar de vilão apático e megalomaníaco, filme que marca o adeus de Daniel Craig ao agente britânico acerta no tom e honra o legado de 007
(Créditos das imagens a Universal Pictures) |
Com 25 filmes lançados, a franquia '007' é, certamente, um exemplo de longevidade e histórias que se adequam bem ao seu tempo, com filmes que facilmente se encaixam no contexto histórico a que se propõem. Claro, existem algumas coisas extremamente caricatas, como ir para o espaço ou apostar em filmes muito 'cômicos' com um personagem que nem sempre se encaixa nesse tipo de história.
Felizmente, para marcar a despedida de Daniel Craig da franquia, o filme dirigido por Cary Fukonaga segue um pouco mais 'pé no chão' dentro das proporções que a franquia permite e, mesmo deixando um pouco (ou muito) de lado a espionagem em si, segue bem a cartilha que HollyWood vem usando no cinema recente, quando se trata de passar o bastão de uma geração á outra.
E, assim como dito acima, mesmo com um roteiro que se estende muito e com um vilão um pouco raso, interpretado pelo ganhador do Oscar Rami Malek, o filme consegue passar aquela sensação de herói aposentado/cansado e fim de ciclo de forma satisfatória. Inclusive, chega a surpreender com uma sequência final no mínimo inesperada pelo andar da carruagem até então, que deve emocionar os fãs do personagem.
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Falando em passagem de bastão, a nova Agente 007, interpretada por Lashana Lynch, aparece meio que 'jogada' no meio da ação. O que pode justificar um pouco do estranhamento de alguns fãs por ela já chegar 'sentando na janela' na história. Nada que não deva ser melhor desenvolvido no futuro da personagem. Com nomes como Léa Seydoux, Ana de Armas e Naomie Harris no elenco, a história segue um bom nível de dinamismo, alternando boas sequências de humor com frenéticos momentos de ação. Sem deixar de lado sua trama central, enquanto fecha um ciclo e inicia outro.
Por fim, dentre os filmes da era Craig, 'Sem Tempo para Morrer' cumpre sua missão ao ser a mais emotiva dessas aventuras.
NOTA - 8/10
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