Resenha - 'Guardiões da Galáxia Vol. 3' é um épico, carinhoso e emocionante aceno da equipe mais família do MCU. E a melhor produção do estúdio em anos
Em sua despedida, James Gunn e seu elenco entregam a melhor experiência da Marvel desde 'Ultimato'
(Créditos a Disney/Marvel Studios) |
Não tem jeito. Existem filmes que chegam pra marcar mesmo. Franquias que eu tenho CERTEZA que jamais serão esquecidas. E Guardiões da Galáxia é um desses casos. O primeiro filme, em 2014, veio num momento em que o MCU seguia unicamente por um caminho mais sério e austero. E se o humor mais família se proliferou nas produções seguintes, se deve muito a esse filme. Mas só que maior ainda do que o humor que essas histórias mostraram, é a interação desses personagens tão diferentes e desajustados. Como tantos de nós. A humanidade, mesmo em seres de outros mundos, sempre esteve ali e talvez tenha sido isso que fez desse grupo quase desconhecido o favorito da grande parte dos fãs.
O sucesso de uma equipe tão incomum talvez sempre tenha morado ali: Na essência e carisma de personagens tão próximos de nós que nos emocionam com a simples ideia de uma despedida. E um elenco que extrapola o simples relacionamento de trabalho e se transforma numa verdadeira família. A união realmente faz a força.
A história ganhou um novo capítulo em 2017, depois apareceu em mais alguns projetos, sofreu um hiato devido a algumas polêmicas desnecessárias e ganhou até mesmo um excelente especial de natal, evidenciando que esse grupo sempre teve culhão para existir sozinho, sem precisar se apoiar em sagas cósmicas ou vinte filmes para serem entendidos pelo público. E aí sempre morou outro grande trunfo desse time: Sua independência. Assistir a qualquer aventura desses personagens é como viajar numa matinê de filmes independentes, onde o roteiro é livre e a direção se sente a vontade para contar sua história da forma como imaginou. E essa liberdade contagia quem assiste imediatamente.
E agora, em Guardiões da Galáxia Vol. 3, chega a hora da última viagem do grupo como o conhecemos. James Gunn não voltará mais aos personagens que alçou ao estrelato (ainda espero que retorne, quem sabe) e isso significa o fim de uma visão única, de aventuras que fazem uma homenagem a arte quando se valem de trilhas sonoras que nos transportam no tempo junto com os personagens e inspiram nossos sonhos. O elenco, outra força motriz dessa franquia, se mostra ainda mais a vontade e emocionado aqui. É visível como se tornaram uma grande família. E essa equipe, que aprendemos a amar, ainda passa por grandes ameaças nesse terceiro filme e brinca com nossos corações ao nos deixar aflitos durante grande parte de seus dois primeiros atos, enquanto nos mexemos ansiosos na cadeira, atentos a tudo e com um choro já engatilhado. E esse choro vem, lentamente e da maneira mais emocionante que poderíamos ter imaginado.
Nossos amados personagens nos dão um aceno carinhoso como quem olha da cabine de uma nave espacial e partem para suas próprias aventuras, enquanto nos dizem um ‘até um dia’ e se despedem de forma grandiosa.
NOTA: 9,5/10
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