Resenha - ‘Quantumania’ faz o básico de um jeito medroso, mas é um ótimo início para a Fase 5 da Marvel


Terceiro filme do Homem-Formiga poderia ir mais além. Mas dentro do que se propõe, consegue funcionar e dita o ritmo que a Saga do Multiverso terá.

(CRÉDITOS: DISNEY/MARVEL STUDIOS)

Tem duas coisas que 'Homem-Formiga e A Vespa: Quantumania' já deixaram bem claras: Primeiro, que o personagem de Paul Rudd é um dos queridinhos dos roteiristas do estúdio. Segundo que, pelo menos por um tempo considerável, não veremos nada dos 'Jovens Vingadores' nas telonas (inclusive, vou trazer um artigo sobre isso até o fim da semana).

Quando anunciaram que esse filme iria abrir a Fase 5 do MCU, e que o Kang de Jonathan Majors seria seu antagonista, logo se pensou que Scott Lang e companhia iriam pra vala nesse filme e o Conquistador chegaria arrasando a Terra e dando início á sua Dinastia. Acontece que, as fases da Marvel demoram um tempinho, e não se desenvolvem num único filme. Ou seja, um filme com esse antagonista teria alguma coisa a mais ou a menos. Para algumas pessoas, o filme simplesmente desperdiça suas duas horas de duração numa trama fraca, boba e sem sentido que é envelopada num vilão estupendo numa caracterização impecável. Como a história não é assim, e há um filme ali, muitos torceram o nariz.

Porém, não se pode esquecer que é um filme do HOMEM-FORMIGA, e que o personagem nunca foi um carro-chefe dos Vingadores nos cinemas até então. A história se perde em alguns momentos e mais parece querer só dar embasamento ao seu antagonista. O que pode ser proposital nesse caso, mas ainda assim, é um pouco enjoativo. O CGI também fica muito óbvio em algumas partes. Mas é algo compreensível, afinal, se trata de um filme que se passa em outro universo/realidades.
No entanto, o terceiro filme do herói diminuto funciona muito bem naquele núcleo fechado ao que se propõe logo em seus primeiros minutos. E isso é muito bom. A história, que possui diversas casualidades e esforços narrativos pra funcionar, consegue se amarrar direitinho e transmite perfeitamente o que precisa contar. 

Nenhum filme até 'Dinastia Kang' será um 'Novo Vingadores' com diversos heróis saltando em tela contra ameaças implacáveis num épico de acão e ficção. E isso é algo que o fã deve ter em mente para quaisquer filmes que for ao cinema assistir até o próximo filme-evento da Marvel. São histórias que funcionam sozinhas em seu mundo, e se conectam com as demais por alguns acontecimentos que levam a grande história da saga até seu clímax.

Sendo assim, questionar o filme de Peyton Reed por ser 'simples' ou uma 'perda de tempo' é tão errado quanto achar que algum personagem destes filmes sumirá de fato, para sempre. A Fase 5, mais do que qualquer outra, será a maior brinquedoteca da história da Marvel, onde se poderá brincar com diversas e infinitas possibilidades, castings, desfechos e etc. Se algo no meio do caminho não agradar a maioria ou simplesmente não der o retorno esperado, será apenas 'resetar' e dizer que faz parte do Multiverso.

NOTA - 7,5/10




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