Com sinceridade e leveza, o filme transforma um romance aparentemente previsível em uma experiência tocante e inesquecível
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(Créditos: Divulgação) |
A trama gira em torno de um casal que se conhece de um jeito hilário e passam por alguns altose baixos. Porém, o que poderia ser apenas mais uma história de amor é elevada por um roteiro sensível e atuações que transbordam química e autenticidade, destacando seus protagonistas interpretados por Florence Pugh e Andrew Garfield. Os diálogos são naturais, cheios de nuances, e as cenas mais simples — um café da manhã, um passeio despretensioso, um silêncio compartilhado — carregam peso emocional genuíno.
A direção de John Crowley acerta em cheio ao escolher um tom equilibrado entre o leve e o profundo. Nada aqui é excessivamente melodramático, e mesmo os momentos de dor são tratados com delicadeza, sem forçar lágrimas. A fotografia é outro destaque: cores quentes e planos intimistas que reforçam o sentimento de proximidade com os personagens.
A força do filme está em sua humanidade. Ele não tenta reinventar o gênero, mas se recusa a ser raso. Trata do amor, da perda, do tempo e das escolhas com um olhar honesto e identificável. É impossível sair da sessão sem pensar nas próprias relações, nos momentos simples da vida e em como cada minuto conta.
Todo Tempo que Temos é sobre viver intensamente o agora — e isso é contado com tanta verdade que é difícil não se emocionar. Pode até começar como "só mais um romance", mas termina como uma daquelas histórias que ficam com você por muito tempo.
NOTA: 9/10
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