Visualmente encantador e emocionalmente poderoso, o filme combina crítica social e magia com maestria, deixando altas expectativas para a conclusão
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(Créditos: Universal Pictures) |
A direção acerta ao não suavizar os temas centrais da história: a forma como Elphaba (a "bruxa má") é marginalizada por sua aparência e poder serve como metáfora clara para diversos tipos de discriminação, algo que o filme aborda com maturidade e sensibilidade. A atuação de Cynthia Erivo é magnética — sua Elphaba é forte, vulnerável e impossível de ignorar. Já Ariana Grande surpreende como Glinda, trazendo camadas à personagem que, até então, era vista como superficial e fútil.
Visualmente, Wicked é um espetáculo à parte. O mundo de Oz ganha vida com cenários impressionantes, figurinos vibrantes e efeitos que equilibram o real e o mágico sem parecerem exagerados. A estética é teatral, mas não artificial — é puro encantamento.
Musicalmente, o filme não decepciona. Clássicos como "Defying Gravity" são entregues com potência e emoção, deixando a plateia arrepiada. As canções avançam a trama, revelam sentimentos e elevam a experiência emocional como poucas produções do gênero conseguem.
Se há uma crítica, é o fato de ser apenas a "Parte Um" — o final aberto pode frustrar os mais ansiosos. Ainda assim, o filme cumpre o papel de construir personagens complexos, estabelecer o conflito central e preparar o terreno para uma conclusão épica!
Wicked: Parte Um é, acima de tudo, uma história sobre empatia e liberdade. Um lembrete de que nem todo vilão nasce assim — e que a verdadeira maldade muitas vezes vem de quem escreve as regras. Uma obra vibrante, emocionante e necessária.
NOTA: 9/10
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