Resenha | 'Garfield: Fora de casa' repagina o personagem e emociona ao contar um outro lado da sua história

Diferente dos outros filmes do gato preguiçoso, esse aqui é totalmente em desenho, o que permite trabalhar melhor o personagem enquanto diverte e emociona ao mostrar uma outra parte do seu passado

(Créditos: Columbia Pictures)

Em 'Garfield: Fora de Casa', o icônico gato laranja conhecido por seu sarcasmo, preguiça e amor incondicional por lasanha ganha uma repaginada inesperada — e bem-vinda. Dessa vez, a história se apresenta inteiramente em animação, permitindo uma liberdade criativa que aprofunda a personalidade do protagonista e, principalmente, seu passado.

O filme se distancia da fórmula já conhecida das adaptações anteriores com atores reais e CGI, optando por uma animação vibrante, estilizada e cheia de carisma. Essa escolha estética dá nova vida ao personagem e contribui para uma narrativa mais sensível, sem perder o humor característico de Garfield.

A trama surpreende ao focar na origem do gato, revelando momentos emocionantes de sua juventude e sua relação com a família — algo raramente explorado nas histórias anteriores (e que eu duvido se não vai te dar um nó na garganta!). Apesar de manter o tom leve e divertido, o roteiro reserva momentos tocantes, equilibrando bem comédia e emoção. O público, especialmente os fãs de longa data, vai encontrar aqui um Garfield mais vulnerável e humano, sem que isso comprometa sua essência debochada.

Na versão original, o filme conta com Chris Pratt dublando Garfield — uma escolha que no começo gerou controvérsia, mas que se justifica na tela com uma performance carismática e emotiva. Samuel L. Jackson também brilha como o misterioso pai do gato, trazendo peso dramático e bom timing cômico à história. A direção de Mark Dindal (conhecido por A Nova Onda do Imperador) mostra sensibilidade e ritmo certeiro, costurando bem o passado e o presente do personagem em uma narrativa fluida e envolvente.

Garfield: Fora de Casa é uma animação que acerta ao reimaginar um clássico sem descaracterizá-lo. Com humor inteligente, visual caprichado e uma carga emocional surpreendente, o filme mostra que até os gatos mais preguiçosos têm histórias que merecem ser contadas — e sentidas.

NOTA: 9/10

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