Eu realmente espero que esse filme tenha sido feito mais pra fazer propaganda do game do que pra ser um filme de verdade, mesmo. Pelo menos o elenco e o humor salvam
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(créditos:Lionsgate) |
'Borderlands: O Destino do Universo Está em Jogo' tenta capturar o espírito caótico e irreverente da icônica franquia de games, mas tropeça em praticamente todos os elementos que fazem um filme funcionar por conta própria. A esperança aqui é que ele tenha sido feito com o único objetivo de aquecer o público pro próximo game — porque se for pra levar a sério como um filme filme, a situação complica.
A trama é simples ao ponto do clichê: um grupo disfuncional precisa salvar o universo enquanto troca piadas, tiros e explosões gratuitas em um cenário pós-apocalíptico estilizado. Nada muito diferente do que se espera da franquia Borderlands, e até aí tudo bem. O problema é que o roteiro parece se esconder atrás dessa estética, com diálogos expositivos, ritmo descompassado e uma direção que não sabe se quer fazer um Mad Max colorido ou uma sátira espacial nonsense.
Felizmente, o elenco parece estar se divertindo — e isso, por si só, injeta um pouco de vida no caos. Jack Black (voz de Claptrap), Cate Blanchett e Kevin Hart formam uma trupe improvável, mas funcionam dentro do absurdo proposto. O humor é outro ponto que segura a onda: ainda que forçado em alguns momentos, ele é, de longe, o aspecto mais coerente com os jogos.
Visualmente, o filme tenta replicar o estilo cel-shading dos games e até acerta em alguns momentos, mas o resultado final é inconsistente. Em vez de parecer uma adaptação ousada, o visual muitas vezes remete a um cosplay de alto orçamento — que, convenhamos, é divertido, mas não sustenta uma hora e meia de história fraca.
No fim das contas, 'Borderlands' é aquele tipo de filme que faz você pensar: “se isso aqui for só um marketing disfarçado, até que valeu”. Mas se a intenção era criar uma obra cinematográfica sólida, o resultado está mais pra loot cinza do que lendário.
NOTA: 5,5/10
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