Resenha | Juntando comédia, ficção científica, suspense e terror, 'Acompanhante Perfeita' funciona e vai agradar os fãs desse gênero

O filme se encaixa naquele gênero "Terrir" e mistura um monte de conceitos, mas vou te falar que vale a pena, viu

(Créditos: WarnerBros.)

Misturar gêneros pode ser um tiro no pé quando mal dosado, mas Acompanhante Perfeita surpreende ao equilibrar elementos de comédia, ficção científica, suspense e até pitadas de terror em uma narrativa coesa e estilosa. O filme, que parece flertar com a estética de Black Mirror e o humor ácido de Não Olhe Para Cima, tem uma proposta ousada: o que acontece quando a tecnologia criada para amar se torna algo... mais?
Na trama, uma empresa lança um serviço de acompanhantes humanoides sob medida para suprir carência, solidão e até inseguranças emocionais (sei como é). O protagonismo aqui é dividido pelas visões do "casal" interpretado por Jack Quaid e Sophie Tatcher, e situa a gente muito bem no que o filme vai ser, mesmo que deixando muita coisa na cara desde os trailers e pôster oficial, que entregaram praticamente tudo que o filme ia entregar. Sendo sincero, eu tava torcendo pra guria robô desde o trailer.

O roteiro é ágil, inteligente e sabe usar a comédia como ferramenta de crítica social. As piadas funcionam, mas nunca desviam do desconforto que a história quer provocar. O suspense é construído com sutileza, e a tensão cresce na medida certa, sem cair em exageros ou sustos gratuitos. Já o terror, que aparece em certos momentos, oferece cenas legais e bem executadas.

Visualmente, o filme aposta em uma direção de arte moderna, com cenários minimalistas e um uso pontual de cores frias, que reforçam o clima tecnológico e alienante da história. A trilha sonora, eletrônica e tensa, acompanha bem a transição de gêneros ao longo da narrativa.

Acompanhante Perfeita talvez não seja uma obra-prima, mas é um ótimo exemplo de como mesclar estilos sem perder o foco. É original o suficiente para se destacar entre os lançamentos do ano e vai agradar principalmente quem curte histórias com crítica social, reviravoltas previsíveis e uma dose de humor ácido.

NOTA: 7,5/10

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