O filme, mesmo sendo um derivado, consegue ter alma própria e tem tudo pra dar início a uma nova franquia
![]() |
(Créditos: Lionsgate/Paris Films) |
Expandir um universo de sucesso pode ser arriscado, mas Bailarina (2025), derivado da franquia John Wick, prova que um spin-off bem feito pode equilibrar o peso dos protagonistas atuais sem esquecer dos medalhões da franquia. Bassta entender o mundo ao qual pertence e entregar algo que tenha voz própria.
Dirigido por Len Wiseman, o filme acompanha Eve (vivida com intensidade por Ana de Armas), uma assassina em busca de vingança, e acerta em mergulhar mais fundo na mitologia fria, estilizada e brutal apresentada na saga principal. Mas aqui, o foco é outro: a dor pessoal, a fúria contida e a jornada de redenção de uma mulher que aprendeu a matar antes mesmo de confiar em alguém.
A coreografia de ação é um espetáculo à parte. Com a boa e velha porradaria da franquia sendo muito bem apresentada. A estética, misturando o neon sombrio de John Wick com uma pegada mais intimista e sensível, cria uma identidade única para o longa.
Ana de Armas entrega uma performance que mescla força e vulnerabilidade. É impossível não se conectar com sua trajetória. E mesmo com participações de personagens conhecidos da franquia, Bailarina nunca se apoia neles para funcionar — o que é um grande mérito.
Com roteiro sólido, visual impactante e uma protagonista marcante, Bailarina mostra como um spin-off pode expandir seu universo sem parecer forçado. É uma história que se sustenta sozinha, mas que também honra tudo que veio antes.
NOTA: 9/10
Postar um comentário